sábado, 21 de dezembro de 2013

A LENDA DO BOITATÁ


O Boitatá é um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo.
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos.
Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.
Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.

Origem Provável: É de origem Indígena. Em 1560, o Padre Anchieta já relatava a presença desse mito. Dizia que entre os índios era a mais temível assombração. Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá.

É um mito que sofre grandes modificações conforme a região. Em algumas regiões por exemplo, ele é uma espécie de gênio protetor das florestas contra as queimadas. Já em outras, ele é causador dos incêndios na mata. A versão do dilúvio teve origem no Rio Grande o Sul.

Uma versão conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar à escuridão da caverna onde ficou preso após o dilúvio, outra versão, conta que ele, procura restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos mesmos, razão pela qual tem os olhos tão grandes e incandescentes.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

IMPLANTAÇÃO DE POLÍTA NACIONAL PARA ENSINO DE MUSICA

Ta se desenvolvendo um grupo técnico para o ensino de música em todo o Brasil a cargo da ministra de Cultura, Marta Suplicy que tem a intenção de iniciar o projeto dentro do centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) para logo ampliar em lugares onde já existem movimentos ligados com à música. O projeto foi planejado juntamente com um produtor e oito maestros da musica, os mesmos estiveram no mês de novembro  na Venezuela para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Sistema de Orquestras e Coros Juvenis que atende a 400 mil crianças e jovens. E voltaram entusiasmados para implantar o trabalho em nosso país.       
"O entusiasmo dos maestros pela metodologia, e a análise que o ministério fez da profundidade da transformação em vários setores [com o ensino da música], não só da cultura, que esse projeto traz como benefício para sociedade e para as crianças nos fez repensar a importância do projeto", explicou Marta Suplicy.
O maestro Ricardo Castro explica que na Bahia já tem implantado um projeto baseado no  do pais vizinho, que atende diretamente a 900 crianças de todas classes sociais."O caminho é incluir a música no processo de crescimento da criança. Assim como você ensina matemática, português e como sentar à mesa, a música é uma linguagem fundamental para qualquer ser humano. É obrigação do Estado dar acesso a essa linguagem, porque é um fator de crescimento universal". 
     
Os maestros salientaram na reunião que, há pequenos e ótimos projetos de ensino de músicas que precisam de incentivo politico. O Ministério da Cultura já esta estabelecendo a forma de como trabalhar a inserção social pela música, além disso irá definir quantos  instrumentos que vão comprar e encaminhar aos primeiros projetos que serão desenvolvidos.     
Os CEUs são espaços com o objetivo de integrar programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços sócio-assistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, de modo a promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social das cidades brasileiras. Até agora, foram entregues nove, e até junho de 2014 devem ser concluídos mais 160. 
Fonte : A Noticia

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

OS TRINTA POVOS MISSIONEIROS

Como foi visto em postagens anteriores a evangelização dos povos guaranis da margem oriental do rio Uruguai, foi mais demorada devido a interesses políticos e aos ataques iminentes dos bandeirantes. Mas estes sete povos missioneiros não eram as únicas reduções dos jesuítas, no total foram 30 reduções espalhadas por três países Argentina, Paraguai e Brasil.
Obs. os nomes estão em espanhol como eram originalmente.
ARGENTINA:
  1. Nuestra Señora de Loreto, fundada por José Cataldino e Simón Maceta em 1610
  2. Concepción de la Sierra, fundada por Roque Gonzalez de Santa Cruz em 1620
  3. Corpus Christi, fundada por Roque Gonzalez e Pedro Romero em 1622
  4. Santa Maria la Mayor, fundada por Claudio Ruyer e Diego Boroa em 1626
  5. Nuestra Señora de los Tres Reyes del Yapeyú, fundada por Pedro Romero e Roque Gonzalez de em 1627
  6. San Fransisco Javier, fundada por José Ordoñez em 1629
  7. La Santa Cruz, fundada por Cristobal Altamirano em 1630
  8. San Carlos, fundada por Pedro de Mola em 1631
  9. San Ignácio Miní, fundada por Simón Massete em 1910 e a segunda fundação foi por Antonio Ruiz de Montoya em 1632
  10. Santo Tomé, fundada por Luis Ernot em 1632
  11. Nuestra Señora de Santa Ana, fundada por Pedro Romero em 1633
  12. Nuestra Señora de Candelaria, fundada por Pedro Romero e Roque Gonzalez de Santa Cruz por em 1637 e a segunda fundação em 1665
  13. Santos Apóstoles Pedro e Paulo, fundada por Diego de Alfaro em 1638
  14. San José, fundada por Pedro Romero em 1638 e a segunda fundação em 1660
  15. Santos Mártires, fundada por Agustín Contreras em 1639
Paraguai:
  1. San Ignacio Guazú, fundada por Marcelo de Lorenzana em 1610
  2. Nuestra Señora de Encarnção de Itapúa, fundada por Roque Gonzalez em 1615
  3. San Cosme y Damián, fundada por Adriano Formosa em 1632
  4. Santa Maria de Fé, fundada por Manuel Berthod em 1647
  5. Santiago, fundada por Jerónimo Delfín em 1651
  6. Jesús, fundada por Jeronimo Delfín em 1685
  7. Santa Rosa de Lima, fundada por Juan de Anaya em 1698
  8. Santisima Trinidad, fundada por Juan de Anaya em 1706 
Brasil
  1. San Nicolás, fundada por Roque Gonzalez em 1626
  2. San Miguel Arcanjo, fundada por Cristoval de Mendoza em 1632
  3. San Fransisco Borja, fundada por Francisco Garcia em 1682
  4. São Luiz Gonzaga, fundada por Miguel Fernández em 1687
  5. San Lorenzo Martir, fundada por Bernardo de la Vega em 1690
  6. San Juan Bautista, fundada por Sepp Von Reineg em 1697
  7. Santo Angel Custodio, fundada por Diego García em 1707
No mapa vemos os 30 povos missioneiros, cave salientar que teve reduções que tiveram mais de uma fundação em diferentes lugares geográficos, neste figura mostramos os lugares atuais onde se encontra estes povos.
      

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O PAYADOR

Payada gênero musical que tem como fonte o verso oral, de sete silabas, acompanhado com um violão muitas vezes de improviso ou no desafio de outro "payador", com este nome foi conhecido Jayme Caetano Braum, nascido no dia 30 de janeiro de 1924 em Timbaúva(hoje Bossoroca), na época distrito de São Luiz Gonzaga. Filho de João Aloísio Braum e Euclides Caetano.
Suas obras como payador e poeta foram conhecidas em todo Rio Grande do Sul, assim como na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Sua arte retratava  a expressão estilizada da autenticidade e espontaneidade da fala do homem rural, da zona de campanha. Também o costume campeiro de contar causos esta presente em suas rimas, poemas narrativos como "O bochincho" popularmente conhecido nas reuniões gaúchas.
Algumas obras deste grande artista :                               

  • GALPÃO DE ESTÂNCIA - 1954
  • DE FOGÃO EM FOGÃO - 1958
  • POTREIROS DE GUAXOS - 1965
  • GARRÃO DE POTROS - 1979
  • BRASIL RIO GRANDE DO SUL - 1986
  • PAISAGENS PERDIDAS - 1987
  • VOCABULÁRIO PAMPIANO-PÁTRIA, FOGÕES E LEGENDAS - 1987
  • PAYADOR E TROVEIRO - 1992
  • 50 ANOS DE POESIA - 1996 
Discos e CDs
  • PAYADOR, PAMPA E GUITARRA - 1974
  • PAYADAS E A VOLTA DO PAYADOR - 1984
  • TRONCOS MISSIONEIROS - 1987
  • POEMAS GAÚCHOS - 1993
  • PAJADAS - 1993
  • PAISAGENS PERDIDAS - 1994
  • JAYME CAETANO BRAUM - 1996
  • ACERVO GAÚCHO - 1998 

Entretanto, Jayme Caetano Braun era um missioneiro do cerne. Confessava uma certa devoção à sua origem e à sua gente. Junto com Pedro Ortaça, Noel Guarani e Cenair Maicá, gravou o disco “Troncos Missioneiros”.
Faleceu no dia 8 de julho de 1999, aos 75 anos de idade, em Porto Alegre, seus restos mortais foram velados no Palácio Piratini sede do governo sul-riograndense. 
A herança deste artista missioneiro esta retratado nos seus livros, nos seus versos gravados e sobretudo, na fala e na memoria de sua gente.

Jayme Caetano Braum declamando "O bochincho", acompanhado pelo Cenair Maicá e Chaloy Jara.

              

domingo, 15 de dezembro de 2013

LENDAS DO SEPÉ

Em 1750 a Espanha queria trocar com Portugal as terras das missões dos jesuítas , conhecida como Os Sete Povos das Missões ,  pela colônia de Sacramento .
O problema é que Os Sete Povos das Missões eram habitados por milhares de índios .
Os jesuítas souberam da situação , mas para evitar   pânico não falaram nada para os indígenas .
Aconteceu que nestas terras morava um índio que recebia espíritos dos seus ancestrais e era muito dedicado ao Xamanismo , seu nome era Sepé Tiaraju .
Uma certa manhã Jussara , a esposa de Sepé  que também era curandeira , anunciou a todos que teve um sonho : um anjo falou que homens brancos iriam destruir aquelas terras .
Depois de alguns dias os índios lutaram contra os exploradores brancos , entre os guerreiros indígenas estava Sepé Tiaraju . No final da batalha , os exploradores prenderam Sepé .
Porém  alguns índios voltaram às Missões e avisaram Jussara , que logo fez algumas magias para que seu marido saísse desta luta vivo .
Na prisão  Sepé ficou cara a cara com um general lusitano que queria saber o local em que estavam os cavalos dos índios  . Então o branco ofereceu presentes para Sepé em troca desta informação , mas o indígena recusou e ainda por cima exclamou :
- Esta terra tem dono !
Após isto o general gritou  :
- Se me falar onde estão os cavalos , eu libertarei você !
Então o índio respondeu :
- Existem forças sobrenaturais capazes de me libertar .
O branco deu risada . Mas , de repente , surgiu o barulho de um trovão .
Como um raio , apareceu  um cavalo com cabeça de fogo , que deixou todos assustados e paralizados como estátuas . Sepé se aproveitou de todo este espanto , conseguiu escapar e fugiu montado em cima deste cavalo sobrenatural . Quando os brancos voltaram ao normal , o índio já estava longe .
Dias depois , numa segunda batalha , Sepé lutou contra os brancos com o seu cavalo de fogo . Porém , desta vez , ele ficou muito ferido  , não resistiu e morreu .
Reza a lenda que , no momento de sua morte , todos os índios que olharam para o céu viram Sepé cavalgando no firmamento , com o seu cavalo de fogo , no meio de uma luz azulada .
Muitos anos se passaram , as Missões viraram ruínas , mas dizem que neste local é possível ver o fantasma de Sepé , com o seu cavalo de fogo , cavalgando pelas noites de Lua cheia .
Luciana do Rocio Mallon
Escutem essa bonita musica interpretada Jean Kirchoff ,"Cinco estrelas de luz"   

NOEL GUARANY - VIDA E OBRA DE UM MISSIONEIRO


LANÇAMENTO DA REVISTA ACONTECEU NA CÂMARA MUNICIPAL 

No dia 12 de dezembro nas dependências da Câmara Municipal de Vereadores de Bossoroca, realizou-se em ato solene o lançamento da Revista “Noel Guarany – Vida e Obra de Um Missioneiro”, a qual aborda a vida e obra desse ícone bossoroquense. 
Com apoio do Legislativo local, a Associação Cultural de Bossoroca – ACB, desenvolveu este trabalho, que conta a história do “Cantor da Bossoroca”, de forma simples e objetiva, oportunizando que todos tenham conhecimento da importância deste filho da Buena Terra, no contexto musical das missões e do Rio Grande do Sul. Os exemplares foram distribuídos às escolas locais e outros órgãos, servindo também, para distribuição aos visitantes e estará disponível no museu municipal e na Secretaria de Turismo.
Estiveram presentes nessa ocasião, Jorge Guedes e Família, onde além de abrilhantaram ainda mais esse ato de lançamento da revista com um belíssimo show, vieram prestigiar essa homenagem ao seu amigo, in memorian – Noel Guarany. Também se fizeram presentes autoridades municipais, representantes de entidades, imprensa local e representando a família Fabrício, o senhor Crescencio Fabrício da Silva. 
Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, poderia exibir o sobrenome de José Borges do Canto, comandante das tropas portuguesas que conquistaram em definitivo o território missioneiro, mas preferiu evocar a porção de sangue índio que levava nas veias e chamar-se Noel Guarany.
Se perguntarem no Rio Grande do Sul quem é Noel Guarany, a resposta, muito provavelmente, virá em tom de reverência, afinal, estamos falando de um dos maiores nomes da cultura popular do estado, um dos quatro troncos missioneiros.
Nascido em Bossoroca — à época distrito de São Luiz Gonzaga -, o cantor e compositor, considerado um dos expoentes da cultura missioneira e guaranítica do Rio Grande do Sul, abriu as porteiras riograndenses para uma música essencialmente nativa. 
Um Memorial à Noel Guarany foi erguido junto ao túmulo do mesmo, no cemitério municipal de Bossoroca, o qual reproduz objetos característicos do pajador, como o pala e a guitarra, no centro do conjunto que possui troncos e varejões na porteira, uma torre, a cruz missioneira, uma taipa de pedras, uma escala musical e correntes que significam a lembrança que une os admiradores ao cantor. No hall da Prefeitura municipal também tem um memorial em homenagem á esse grande ícone da música missioneira, contendo alguns de seus pertences pessoais, como fotos, letras e rascunhos originais de suas letras, discos e peças de roupas. 
Mais uma vez a ACB está de parabéns pelo excelente trabalho apresentado, a qual consciente de sua responsabilidade com a cultura local, tem desempenhado um papel importantíssimo no município, promovendo a integração da comunidade em todos os seus segmentos, congregando as manifestações culturais e promovendo a difusão e a divulgação das expressões artísticas.